O Foral de Boliqueime
A Nau Portugal perdeu o piloto-mor. Desembarcou e demitiu-se. Diz que falhou. Reconheceu e escreveu. Guardou no frio, até que o calor chegasse. Chegou e de pronto aprontou o cangalheiro das laranjas, jotas e barões, desclassificado ou professor. É conhecido o seu instinto. O defunto responde com pompa e circunstância, a sua única aptidão, o faz de conta. Contradiz-se e apela ao nacionalismo piegas. Diz seu o país. Abandonado não fica. Há negócios por concluir!
A palavra a quem não quer falar: O tempo passou e El Rey de Boliqueime lá palrou, não sem antes todos ouvir. Reflectiu e ponderou. O foral publicou. A viva voz o leu a seus súbditos. Ninguém adormeceu. Explicou quem manda: os mercados. Obedecer é o desígnio. É solene o momento. El Rey decide não decidir. Apelou à anúduva dos partidos do regime. Decretou a primeira acção de fossado contra os eleitores. Tudo em nome da salvação, do regime, porque todos os outros estão condenados.
A Nau permanece à deriva. Ninguém ao leme. É a nortada que impõe o rumo.
Posted on Julho 11, 2013, in Geração "à rasca", Ideias para o País, Mentalidade Tuga, Teorias da Conspiração and tagged Cidadania, Democracia, Economia, Humor, o navio, Politica, Portugal. Bookmark the permalink. 13 comentários.
E vamos ver para que lado é que o vento vai soprar…porque isto é só o início!
A nortada é que é quem decide o rumo porque El Rey está desnorteado.
A nortada é que decide o rumo porque El Rey está desnorteado. Vale a estrela do Bairro norte que nos norteia.
É a nortada que decide o rumo porque El Rey está desorientado. Vale-nos a estrela do Norte para nos nortear.
O piloto-mor ficou sem bússola e largou-nos algures no mar alto com uma borrasca em cima. Mas, ó maravilha, surge o comandante da nau, o sábio dos sábios, que, com luminosa clareza, diz que o norte está virado a sul e que o barlavento está muito próximo do sotavento.
Não há dúvida que somos um país de navegadores. Gostei!
Reblogged this on Azipod.
O piloto belfo perdeu o pio!
Pingback: Um Gesto Estrondoso | ao Leme
Pingback: Europeias 2014 | ao Leme
Pingback: Quem gera mais postos de trabalho? | ao Leme
Pingback: Nau Taforeia | ao Leme
Pingback: Onomatopeias Anacrónicas | ao Leme