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Deferência também fica bem
Na já de difícil compreensão tabela de categorias laborais, adicionam agora o “Chega-me isso”. Classe a ser incluída nos quadros de remuneração superior, daqueles que dão direito a ajudas de custo e viagens em executiva, porque a intenção hoje não é a exclusão mas sim de obediência.
Uma retrospectiva feita á memória não muito longínqua, lembra casos de mudança unilateral de condições de trabalho, que pelos mais diversos motivos era anunciada uma “promoção” para funções algo estranhas como conferir Diários da República, sublinhar itens em outro qualquer jornal, ou mesmo transladar o arquivo morto para outro túmulo.
Chamavam-lhes na altura os zombies, pessoas colocadas numa secretária despovoada do mais ínfimo artefacto para assim os pressionar ao abandono de funções ou mesmo á demência.
Inadequadamente imputando á generalidade dos nativos, despesismos galopantes e continuados, com juros piores que os de uma dona também presente na nossa memória, tenta agora uma outra dona acompanhada de um galanteador inventar formas para que se cumpra rigorosamente o plano mas com controlo absoluto, temendo uma recessão interna que lhe trás triste memória.
Essa nova categoria já tem dado o seu contributo para alguns dossiês internos, se não, foi o deu a entender. Uns quantos com valor e créditos mais ou menos firmados foram indigitados para, nada!
Às decisões já tomadas era apenas necessário juntar um condimento de honestidade e estudo para iludir os mais incautos.
Para que se almeje mais auxílio aos países necessitados, terá de ser transmitido poder a quem ajuda, isto traduzido para as leis laborais nada mais é que indexar uns quantos intervenientes internos em, mangas-de-alpaca.
Num sentido puro de equidade e constantes melhorias de condições de trabalho, os indigitados para a função terão na sua maioria direito a viatura de serviço e uns quantos ajudantes, mas na realidade não farão mais que chegar os papeis a quem nos quer, já com escritório montado, controlar.
Os que nos “prestam assistência” optam, por tentar dominar tudo e todos de forma que se entenda quem manda, vigiando de perto a eficácia do esperado retorno.
Não é inédito recorrer a este tipo de ajudas e inevitavelmente novamente cumpriremos, salvo se o tiro lhes sair pela culatra, mas ficava-lhes bem algum apreço, não só por quem lhes entrega os escritos mas por todos nós, os que pagamos.