Pensava hoje, num jogo de futebol que aos 80 minutos estava com o resultado de 5-0. Via, os jogadores que perdiam, a fazer um tremendo sacrificio a correr atrás da bola. Pensava, em mim e muitos conhecidos, que ditos patrões ou (prefiro) profissionais liberais, que mesmo vendo o fim do jogo a aproximar-se, lutam todos os dias à procura duma solução. O árbitro, vai sendo amigo e vai dando algum tempo de compensação. No entanto, a bola está longe.Do banco, vem instruções para não deixar de correr (há filhos, há encargos), não há tempo para curar males do corpo (isso é privilégio, só para alguns); o mesmo facilitismo com que a colega do meu filho ficou em casa com um resfriado e o meu, que com uma infecção na garganta e a antibióticos veio do hospital de madrugada, mas que eu fiz questão de o levar à escola na mesma, dizendo-lhe: tens que estar preparado para jogar numa equipa que luta para não descer de divisão, a tua colega, essa, os pais fazem parte e ensinam já à filha, o que é pertencer a uma classe mais sublime.
O árbitro continua a ser amigo, ainda não acbou com o jogo! Ou será que ele nos quer fazer sofrer até à exaustão e humilhar-nos? Ao fim e ao cabo, durante o jogo corremos mais que a equipa ganhadora, só que o árbitro marcou 5 penaltys! E não é que nenhum deles foi justo!