Meninos do Coro
Na terra dos bravos, que é também a casa dos livres, realizar-se-ão eleições presidenciais lá mais para o fim do ano, a meio do Outono, no dia em que entre outras efemérides comemorar-se-ão os 585 anos do nascimento de Vlad III, o empalador, concretamente a 8 de Novembro. Coincidência? Talvez, mas uma coisa é certa, será uma data prometedora, um dia importantíssimo, um momento decisivo para toda a humanidade.
A maior economia do mundo vai a votos. Elegerá o humano mais poderoso do planeta. Até hoje foi sempre um homem, mas desta feita e pela primeira vez poderá ser uma senhora, ela própria mulher de um ex-presidente, o maroto Bill… É por isso conotada com o sistema, com o status quo. Do outro lado da barricada, o enfant terrible, o “não-alinhado”, o populista e contundente magnata com nome de pato.
Será uma disputa entre o calculismo cínico e a ignorância exacerbada, um concurso do quanto pior melhor. Um nítido reflexo da capacidade cognitiva dos eleitores e não dos candidatos. A anestesia do consumismo obriga a campanhas baseadas em propostas de choque, em ideias que despertam atenção, por mais estúpidas, absurdas ou contraditórias que possam ser. Resultam. Se assim não for, ninguém comparece para votar. É a sociedade dos temas fracturantes, que nada mudam, mas que mascaram uma realidade simples: a globalização não favoreceu a população de nenhum país. Clama-se por mudança. Não se sabe bem para quê, mas por todo o mundo os eleitores procuram alternativas. Eis a oportunidade, a contingência que os meninos do coro souberam sempre explorar e aproveitar – a ilusão de mudança.
Posted on Agosto 24, 2016, in Ideias para o Mundo, Teorias da Conspiração and tagged Democracia, Eleições, Humor, Politica. Bookmark the permalink. 1 Comentário.
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