Pateta de Natal
A personagem de hoje é um dos mais notáveis membros do Olimpo da Banda Desenhada, uma das criações originais de Walt Disney e Frank Webb. Tal como a sua antecessora, é do género canino. O antropomorfismo é comum no cargo. Alto, magro, bem-disposto, engraçado e desengonçado, assim é o nosso herói. Tem na risada um hábito persistente, uma forma de estar, independentemente do contexto ou da circunstância. Esta capacidade de em tudo encontrar graça é complacência a que nem todos reconhecem a virtude. É pena, mas geralmente o eleitor apenas é benévolo com os sisudos.
Com bondade nos falou de esperança, de mudança, do virar da página. Virou ontem, constatou a necessidade da implementação de medidas adicionais que permitam a saída de Portugal do procedimento por défices excessivos. Chocados? Nem por isso. Todos sabíamos que o livro é antigo, a história é a de sempre: um austero e natalício conto sobre a amizade, o amor e a ternura. Democracia, pois claro, mas se e só se o crivo for o mesmo, sejam quais forem as vicissitudes ou contingências do quotidiano. Cumpra-se a meta por uma vez. A ser, será a primeira, uma novidade. Aleluia!
As prendas, comprou-as o Pai Natal, a antecessora embrulhou-as. Por isso tanto se têm rido as renas e restante séquito. Compete agora ao Pateta entregá-las. São três, mas só depois de aberto o embrulho saberemos o que são. Que entusiasmo, que excitação, nunca mais é meia-noite…
Posted on Dezembro 11, 2015, in Escárnio e mal-dizer, Heróis da BD and tagged Democracia, Economia, Europa, Humor, Politica, Portugal. Bookmark the permalink. 2 comentários.
…”a antecessora embrulho-as” mas mal!
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