MH 666
Desde o inicio da legislatura que os membros do governo e dos órgãos de soberania foram condenados a voar em turística. Duríssimas medidas! Mas esses dias acabaram, essa desprestigiante prática chegou ao fim. Não, o orçamento nem tem folga! É o mercado! Apesar de Adam Smith nunca ter visto um avião, uma vez mais se confirma a valência premonitória deste autor. Brilhante!
Dizia eu “é o mercado”: Pois bem, após o encorajador exemplo da FPF – Federação Portuguesa de Futebol , ao decidir preterir dos serviços da TAP, a lei da oferta e procura ditou novas regras. A Companhia aérea Malaysia Airlines promoveu uma acção comercial junto da Lusofonia. Parece que a fraca procura permitiu uma tarifa absolutamente excepcional em classe executiva. Mais barato que a mais barata das lowcost. Prova provada que deixados a si próprios, os mercados funcionam às mil maravilhas.
Observe-se o exemplo da X Conferência de Chefes de Estado e de Governo (CCEG) da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Os líderes de todos os países membros voaram até a paradisíaca Ilha de Timor leste ao abrigo do acordo da companhia aérea malaia com a Lusofonia. Todos os países marcam presença ao mais alto nível, com excepção de Angola e do Brasil, cujos presidentes recusaram o catering de Kuala Lumpur. Ou então, qual desculpa “Alberto João Jardim“, apenas não querem estar presentes no momento do alargamento desta comunidade, pois não apreciam a língua castelhana. Manias…
Todos os nossos governantes regressarão via Damasco, no voo MH666.
Posted on Julho 21, 2014, in Escárnio e mal-dizer, Ideias para o País, Mentalidade Tuga, Teorias da Conspiração and tagged Cidadania, Economia, Humor, Politica, Portugal. Bookmark the permalink. 2 comentários.
Viajar em classe executiva ainda não é o pior que se pode fazer a quem tanto tem dado a Portugal. O Dr. Cavaco Silva está acabado fruto de tantas viagens fatídicas. Desta vez sua esposa fez o esforço de o acompanhar pela sua saúde e tudo pago com o valor miserável que recebem da reforma. Começo a sentir pena do senhor. Era uma pessoa nova á 30 ou 40 anos atrás. A politica deu cabo dele. Passa muito tempo fora, sacrifica a família e recentemente abdicou de festejar em família os seus 75 anos, coisa que só se festeja uma vez na vida. Seria bom pensar se reformar-se de novo não seria a melhor opção a tomar, mas desta vez com uma reforma antecipada. Cumprimentos!
Coitados, além da já antiga “desclassificação” (ou será inclassificação?) nos lugares dos voos, agora têm de apoiar a companhia malaia (ou será que o DDT tem acções na dita companhia?)