Nadar com Porcos
As Bahamas, um arquipélago de ilhas paradisíacas e terra natal do povo Taíno, são deste a chegada de Colombo em 1492 um território condenado à patifaria. Logo no inicio do século XVI toda a população indígena foi escravizada e enviada para outras paragens. Extraída a mão-de-obra, os espanhóis partiram, deixando o arquipélago completamente deserto durante mais de um século.
Os britânicos começaram a chegar na segunda metade do século XVII, mas só em 1718 as ilhas se tornaram uma colonia britânica. De entre os súbitos de sua majestade, provavelmente o mais celebre de todos os colonos foi Edward Teach, um famoso empreendedor que ficou conhecido como Barba Negra, o pirata.
A independência chegou no século XX, no excelente ano de 1973. Foi em Janeiro desse ano, graças a uma acção de “sedução, roubo e fotocópia” (digna de um filme do 007), a autoridade fiscal norte-americana conseguiu obter de um imprudente funcionário bancário uma lista com o nome de mais de 300 cidadãos americanos. A estes cobrou coercivamente mais de 50 milhões de dólares em impostos não pagos. As quatro décadas seguintes foram absolutamente tranquilas.
Destino turístico de elite, detém uma oferta balnear única no mundo! Nas Bahamas, o turista ao invés de ir a banhos com cetáceos, pode nadar com suínos! Esta singular vivência raramente é partilhada pois os banhistas preferem o sigilo. São férias envoltas em secretismo, uma vez reveladas criam embaraço a quem as usufruiu. A ex-comissária europeia para a concorrência, a holandesa Neelie Kroes que o diga… Na União de Europeia de hoje, carenciada de novos e virtuosos exemplos, a omissão pode vir a custar-lhe a pensão de reforma, mas tal como o anterior episódio da saga “Papers“, a sensação do momento dará rapidamente lugar à inconsequência.
Posted on Setembro 23, 2016, in Escárnio e mal-dizer, Ideias para o Mundo, Teorias da Conspiração and tagged Europa, Humor, Impostos, Piratas, Portugal, Roubalheira. Bookmark the permalink. 2 comentários.
Como conheço um pouco do passado desta “senhora”, sou levado a acreditar, que tudo era do conhecimento geral em Bruxelas,..nunca se iria rebaixar a admitir tal situação , publicamente,……Juncker ficou “com menino nos braços “, no seguimento do caso do Barroso,…..tudo boa gente,…
Epah. eu gosto mais quando escreve o “Mourinho da Web”