Isto está lento, está!
Decididamente, o nosso sistema educativo, público ou privado, necessita de ser revisto e repensado com urgência. É decisivo que o façamos, sob pena de arcarmos com consequências bem mais penosas que as mais recentes e virais polémicas. Bem sei que a tragicomédia é um dos pilares da lusitanidade, mas julgo que o humor negro se quer mais ágil, muito rápido e instantâneo, senão perde-se o gáudio. Haja pelo menos um prazo de validade! Bem sei, e concordo, que quem não se sente não é filho de boa gente, mas quiçá haverá algo mais além do óbvio. Talvez um contexto próprio. Será? Averiguemos com o rigor que o momento e a circunstância exigem. Vamos aos factos.
Passados apenas meia dúzia de anos, uma inaudita entrevista do líder sindical dos roqueiros a um canal de paródia televisiva, despertou uma intempestiva reacção. Não há disco de platina que o proteja, nem longevidade de carreira que o salvaguarde. Nem pensar! O artista que outrora despudoradamente se despiu para ilustrar uma das suas múltiplas obras, está hoje no centro do maior problema inter-regional das últimas décadas. Não haverá nem apelo nem agravo. Já nos bastam os tópicos em fila de espera, tudo aquilo que aguarda processamento colectivo, sejam eles portáteis para as criancinhas ou gorduras do estado. São tantas as prometedoras soluções cujo fracasso tarda em gerar reacções. Curiosa assimetria esta, entre orgulho local e mentira nacional.
Avancemos para a conclusão. Vamos às culpas! Não sei se os supracitados fenómenos sociais são resultantes de compreensão lenta ou de memória curta generalizadas, mas não hesito em responsabilizar o sistema de ensino pelo categórico falhanço – A população não está preparada para este nível de exigência cognitiva. Nem com cábulas vamos além da graçola simples e brejeira sobre a alegada preguiça alentejana. Regionalização pois então… Ou talvez não!
Posted on Junho 1, 2016, in Escárnio e mal-dizer. Bookmark the permalink. 1 Comentário.
Era suposto a educação ajudar a diminuir, quiçá a eliminar, a cretinice! Mas o que se vê por todo o lado é o alastrar o número de mentecaptos; basta ver os constrangedores comentários nos jornais on-line, nos debates televisivos, etc.