Ideologia de Natal
Amanhã a esta hora, quem ainda acredita no Pai Natal estará feliz e ansioso pela chegada do momento alto do ano, a meia-noite. Convenhamos, todos abraçámos esta ideologia, algures no passado, pelo menos enquanto pudemos. Depois, acabámos derrotados pela realidade. A fantasia do Pai Natal apenas pode durar algum tempo nas nossas vidas, depois aparecem as facturas para pagar. Não há ideologia que resista aos duros factos da vida adulta, excepto se o adulto for agraciado pelo Sr. Silva, seja cozinheiro, artista, desportista, gestor ou ex-governante. Para estes o Natal chega mais cedo. O Grau esse, depende da grandiosidade dos feitos.
Na sua grande indulgência, sua excelência perdoa até aqueles que no passado lhe teceram grandes e ferozes críticas, mesmo aos da mesma família ideológica. À época, a crítica, até dava um certo jeito, ajudava a compor a ideia da independência, do supra partidarismo que hoje outros procuram replicar.
Enfim, adiante que a hora é do condecorado, o Grande, o Enorme, o inigualável Vice-Rei da Madeira, Porto Santo e arquipélago das Selvagens, Alberto João Jardim, o único político lusitano que não deixou um tostão de défice, apenas obra. E que obra! Nunca o seu record de inaugurações será batido, mesmo se à contagem forem deduzidas as cerimónias repetidas, o seu desempenho é imbatível! São homens (e mulheres) como Alberto João Jardim que nos fazem acreditar que afinal, o Pai Natal existe mesmo. Para alguns, não para todos, mas existe!
Posted on Dezembro 23, 2015, in Escárnio e mal-dizer, Mentalidade Tuga and tagged Democracia, Humor, Politica, Portugal. Bookmark the permalink. 1 Comentário.
Muito bom Gonçalo. Tem até idoso que acredita, só precisa imaginar!