Pedagogia dos Pequeninos
O “novo” ministro da economia é um mestre da dicção. Não há quem lhe peça explicações do tipo “como se eu tivesse 3 anos”. A redundância intimida. Será?
Haja coerência, se o (des)governo tem ideais liberais, não pode, não deve (jamais!), interferir nos negócios. Sejam quais forem. É por isso que nenhum membro do executivo se manifestou sobre a venda da PT. É bonito. O facto de apenas existir uma proposta, o facto de todas as outras terem sido preteridas nada nos diz sobre as declarações do ministro da economia. Afirmar que a PT “merece ter accionistas que a valorizem e lhe dêem estabilidade” é apenas um estimulo à boa gestão. Está correcto o português. É em francês que surgem duvidas. Afirmar “Je suis Altice” pode não ser muito prudente. Então? Foi apenas mais um pequeno incidente de tradução. Compreende-se. Sensacionalismos gauleses… Já entre nós, a seriedade na imprensa é obvia. Basta observar o relato da Assembleia Geral da PT SGPS: Presente 44% do capital, 97,8% votou favoravelmente à venda, ou seja, um pouco menos de metade do capital da empresa, mas ainda assim é possível produzir títulos como “Decisão quase unânime“.
Perante isto, concluo: A dicção do ministro, (afinal) está correcta.
Posted on Janeiro 23, 2015, in Ideias para o País. Bookmark the permalink. 2 comentários.
Reblogged this on Azipod.
Preferia titular o artigo de “Mais uma demonstração da vacuidade intelectual, cultural e moral da nossa pseudo elite (políticos, jornalistas, etc)” ou, para não ser tão longo, “Mais uma dos reles vendedores da banha da cobra”.