Milho aos Pombos
Ele garante que lhe garantiram, ele surpreende-se com o que já sabe, ele fala quando nada tem a dizer e cala-se quando muito há por explicar. Atempadamente nos explica e avisa. Apela aos consensos em geral e à continuidade da paz podre em particular. É um legitimo porta-voz da subserviência ante os mercados. Celebra os feitos nacionais e critica despudoradamente os inventores da democracia. Lá na sua azáfama consegue condecorar os seus, e borrifar-se para o galardoado com um Grammy. Ninguém fala nisso porque não só está no seu direito de preservar ódios de estimação, como (reconheço) é brilhante na gestão do tempo. Normalmente basta-lhe fingir de morto um mês. Compreendo, é o presidente da minoria que nele votou (aproveito para agradecer a quem se absteve).
Enfim, tanto que fica por relatar sobre o seu rasto. Juro que a cada dedicatória penso: é a ultima, já não há pachorra. Eu bem tento, mas hoje não contenho o ímpeto. Não é que o homem resolveu dar milho aos pombos? Já se sabe que quem o feio ama bonito lhe parece, mas há limites, ou pelo menos deveria haver. Saberá quão perigosas podem ser estas aves?
Posted on Fevereiro 12, 2015, in Escárnio e mal-dizer, Mentalidade Tuga and tagged Agricultura, Cidadania, Economia, Humor, Portugal, Produção. Bookmark the permalink. 2 comentários.
Quem te manda ouvir o que este esterco mental debita. É mais um dos produtos tóxicos do panorama politico português, tal como a maioria dos chamados governantes. Ou aldrabices ou imbecibilidades e por isso quando algum deles aparece na TV mudo imediatamente de canal!
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