Livres de perigo periférico
O mundo anda estranho.
No Reino Unido os grandes centros urbanos votam contra o Brexit perdendo a votação para o resto do país que decidiu estar farto do deboche Europeu.
Nos Estados Unidos da América Trump perde a votação nos grandes centros urbanos obtendo a eleição presidencial muito alicerçada em votos do mundo rural e ‘pequenas’ cidades.
Na Turquia Erdogan pede ao povo mais poder e condições para poder prolongar o seu domínio por mais umas décadas, as grandes metrópoles batem-lhe o pé agora partido pela vergasta vencedora do resto do país.
Em França o movimento embrionário da Frente Nacional de Le Pen germinou timidamente nas periferias mostrando agora uma força capaz de arrebatar o país.
Todas estas são demonstrações contemporâneas de como periferias densamente povoadas podem desequilibrar os pratos da balança forçando rumos imprevistos aos abençoados habitantes da centralidade urbana.
Pelo que talvez tanto eu como o Sr. Presidente nos devêssemos preocupar menos com questões relacionadas com periferias sub-desenvolvidas e despovoadas. Poderá ser um mal que vem por bem garantido que em Portugal não há cá desses volte-faces políticos. Ufa!
Posted on Abril 20, 2017, in Escárnio e mal-dizer and tagged Luta de Classes. Bookmark the permalink. 2 comentários.
Esse texto, sob a capa de “análise objectiva”, é extremamente simpático para a faxaria da Front National e parelhos. Exemplo:
“Em França o movimento embrionário da Frente Nacional de Le Pen germinou timidamente nas periferias mostrando agora uma força capaz de arrebatar o país”
Arrebatar o pais, com 1/5 do eleitorado?
“Com papas e bolos (ou com análises aparentemente neutras mas falsárias), se enganam os tolos”.
Está neste momento a decorrer o frente a frente entre Le Pen e Macron, cada um deles com pouco mais de 1/5 dos votos do eleitorado na primeira volta. Um deles irá ‘arrebatar’ o país na segunda volta.