Tomb Raider
Tantos foram os filmes a estrear esta semana que qualquer cinéfilo que não viva acima das suas possibilidades se vê confrontado com uma escolha difícil. Olhando para a oferta encontramos: policiais com vítimas e justiceiros; intriga e comédia com ex-comissário em degredo milionário para lobista; teoria da conspiração sobre manobras diplomáticas na eleição para secretário-geral das Nações Unidas; e por fim, mas não por ultimo, um drama sobre paternidade e traição, a rebaldaria do anúncio unilateral. Depois de falhado o tema fracturante anterior, a inconsequente tirada sobre os Comandos, havia que fazer algo vistoso até ao final da semana. Lá veio a bomba, a granada lançada pelo bloco que assim se esforça para não parecer uma esquerda no bolso do líder da geringonça. A dita abanou. Foi nítido o desconforto de todos, para gáudio de todos os outros.
Está escolhido o filme! Um clássico para o futuro, mais uma aventura que conta com a irreverência, audácia e competência da mordaz Lara Mortágua. Coube-lhe o papel de protagonista na obra ontem estreada, mais um da saga Tomb Raider, um filme de acção, uma ficção sobre a tributação dos palácios privados. Seja qual for a regra do imposto anunciado por Lara, é irrelevante, importante foi o efeito surpresa, a emoção, a sensação… Seja como for, como propaganda, foi um bom golpe. O Trailer passou em todo o lado e por todo o lado se falou daquilo que ainda não se conhece. Por momentos, pelo menos ontem, o bloco saiu da casca…
Posted on Setembro 16, 2016, in Clássicos do Cinema and tagged Humor, Impostos, Politica, Portugal. Bookmark the permalink. Deixe um comentário.
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