Rain Man – Encontro de irmãos
Que bonitos são os reencontros. Entre irmãos são comoventes. “Rainman” relata-nos a viagem de dois irmãos a bordo do carro do falecido pai. Na bagageira, correctamente acondicionado, viaja o povo Português.
Ao volante segue Charlie Rabbitt, o yupi de Massamá. No lugar do morto, Raymond Rabbitt, o autista. Para traz ficaram as traquinices da infância, as brincadeiras no ATL das “jotas” e as tropelias da adolescência. Rumam agora à salvação… da crise, do euro e das nossas almas! Não têm GPS, nem mapa, mas avançam. Têm Troika.
Estando de acordo quanto ao itinerário, simulam desacordo para entreter. Raymond repete incessantemente que sabe guiar, insiste, reinsiste e persiste que a folga existe. Procura retirar espaço estratégico ao irmão. Charlie nega, diz não haver gasolina, por isso abranda, poupa e evita a pressão sobre o pedal do acelerador. Aguarda pela recta final, mais perto de Eleições. Têm e pede esperança a quem segue na Bagageira, exclama “aguentem“!
Um bom exemplo como um mau roteiro pode arruinar um bom argumento. Especula-se que tal terá precipitado Steven Spielberg a abandonar o projecto a apenas alguns meses do inicio da rodagem. Optou por investir o seu talento noutro projecto, o Indiana Jones e a Última Cruzada. Fez ele bem!
Posted on Novembro 23, 2011, in Clássicos do Cinema and tagged Humor, Politica, Portugal. Bookmark the permalink. 3 comentários.
O argumento está ao contrário, porque o autista é aquele que julga que sabe conduzir….
O maior défice nacional é o da aprendizagem…
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