O Aeroplano

Airplane-Cockpit

Porque nem todos os grandes clássicos do cinema são tragédias e porque nem todas as comédias tem graça, recordamos hoje uma das maiores paródias de todos os tempos – O Aeroplano. Foi estreado em 1980 mas mantém-se em cena até aos nossos dias. Provavelmente um dos mais notáveis exemplos da comédia absurda e do humor negro, relata-nos a emocionante viagem de uma aeronave, metáfora para companhia aérea de bandeira, afectada por um severo caso de intoxicação alimentar. O problema foram os tomates! Ou a falta deles. Certo é que a rambóia é completa e as cenas caricatas sucedem-se a um ritmo alucinante. Acaba por ser fácil adjectivar o argumento: despropositado, incongruente, irracional, contraditório e insensato. Na prática, acaba por satirizar todo um sector, o da aviação civil. Viva a regulação, saudável e intendente. Sobretudo imparcial!

TAPzinha

O filme fez o seu trajecto até aos nossos dias, sendo lentamente revelados segredos e pormenores da sua produção. Ficámos há dias a saber, em época de contenção orçamental e de grande rigor na gestão dos dinheiros públicos, que houve aumentos na direcção do regulador. Apenas 150%, mas houve. Tudo legal e com a vantagem de ninguém ter responsabilidade. Pagámos aos ministros das finanças e da economia para nomearem outras pessoas, as quais de graça e sem regalias tomaram as decisões. Não é bom? É excelente! Nada lava mais branco que uma “comissão de vencimentos”. Coincidência, ou talvez não, foi a posterior aprovação da venda da TAP. Resumindo e concluído, quem manda é o boneco, dito piloto automático…

The-End

About Gonçalo Moura da Silva

... um homem ao Leme. "A minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tangem e rangem, cordas e harpas, timbales e tambores. Só me conheço como sinfonia. "

Posted on Fevereiro 3, 2016, in Clássicos do Cinema, Escárnio e mal-dizer, Teorias da Conspiração and tagged , , , , , . Bookmark the permalink. 1 Comentário.

  1. Rui Moura da Silva

    São podres atrás de podres que se vão descobrindo do governo do dito(?) “bom aluno”! Só falta saber quem era o mestre – se é que ele existia…

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