Procurando a “Agulha de Marear”
Decorria já longa a faina do arrasto, nesta época ordenados por uma pretensa a lobo-do-mar ao estilo Capitão Haddock, os embarcadiços audazes esperavam encher porões com todos os tipos de peixe que pudessem apanhar nesta técnica que traz tudo na malha. Nestas correntes mesmo as espécies que ninguém aprecia têm a sua experiencia de vida, nadando como de salmões na época da desova se tratassem.
A Longas milhas dum porto seguro, com ventos contrários, o inesperado acontece, soa o alarme e algo ainda desconhecido vai enfraquecendo os comandos da embarcação. Reunida de emergência a tripulação afecta á ponte, conseguem adivinhar um problema no sistema hidráulico.
Capitã e seu imediato ordenam para que se estanque a fuga, remetem a função aos oficias de máquinas para que dêem fim ao incidente. Entretanto pairavam já á deriva, á mercê da ondulação agitada.
A cadeia de comando na secção do convés funcionou na perfeição, pensavam já na rápida continuidade da viagem, mas surge precipitado o mecânico de bordo qual Super Mário, informando que apenas dispõe de pequenos artefactos destinados às fugas.
Sempre se disse que, “quem vai ao mar avia-se em terra” mas para surpresa dos anfitriões, esta viagem antevia forçosamente uma história diferente. Decide-se então reunir toda a tripulação com a intenção de saberem qual a melhor solução, mas esta já nada quer além de continuar a sua labuta.
Incrédulos mas ainda sedentos do seu quinhão no final da faina, quase provocam um motim, as vozes dividem-se e as culpas multiplicam-se, a solução porém não tem fim á vista porque antes de zarpar não foram tidas as devidas cautelas.
O lubrificante que faz girar a engrenagem está a derramar-se, foi esquecida a manutenção e ele não chega ao seu destino, para que tudo funcione.
Numa tentativa de escapar á humilhação e às prováveis destituições, oficial e seu imediato, tentam estancar a fuga, sentindo os olhares atentos da tripulação, sabedores que nas artes de marear, esquecimentos destes podem dar direito a serem arrastados para o fundo.
Toda a restante frota mais nervosa que nunca, pede aos comandantes que exortem no sentido de conseguirem uma real união, em que todos arregacem as mangas.
Em terra firme está toda uma indústria esperançosa que a apanha resista, podendo assim ter mais uns tempos de alimento.
Posted on Novembro 2, 2011, in Teorias da Conspiração and tagged Humor, Politica, Portugal. Bookmark the permalink. Deixe um comentário.
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